Ministério da Saúde confirma primeira morte pela variante delta no Brasil

O Ministério da Saúde confirmou, neste domingo, a primeira morte pela variante delta no Brasil.

De acordo com informções do G1, o caso ocorreu no dia 18 de abril e a vítima foi uma gestante de 42 anos que veio do Japão para o município de Apucarana, no Paraná. O bebê sobreviveu e não teve resultado positivo para a Covid-19.

Antes de viajar para o Brasil, a mulher fez coleta do RT-PCR, mas o exame deu nagativo para a Covid-19.

Mas, no dia 7 de abril, dois dias após sua chegada ao país, a gestante começou a apresentar sintomas da doença e com a realização de um novo exame o resultado foi positivo, uma semana depois ela foi internada.

Devido as complicações ocasiondas pelo vírus, no dia 18 de abril a paciente precisou passar por uma cesariana de emergência, vindo a falecer logo após a cirurgia. Prematuro de 28 semanas, o bebê passou um mês internado, mas o exame de detecção da Covid-19 deu negativo. Segundo matéria publicada no G1, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que a criança está bem e permanece sendo acompanhada pelo município.

O caso foi identifcado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), através de sequenciamento genômico do vírus SARS-CoV-2

Informações repassadas pela Sesa também confirmam que a gestante era amiga próxima da filha da idosa de 71 anos, que foi o primeiro caso detectado com a nova variante indiana no estado do Paraná. O encontro entre a filha da idosa e a gestante ocorreu no dia 7 de abril.

Após o encontro, a idosa e seu marido testaram positivo para o novo coronavírus, bem como o filho do casal, de 58 anos, que não resistiu à doença e morreu no dia 17 de maio. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Apucarana, outras 22 pessoas da família também foram infectadas.

O secratário de Estado da Saúde do Paraná, Beto Preto, disse que não é motivo para pânico no estado e que estão sendo tomados “todos os cuidaos” e que informações sobre a situação da pandemia no Paraná continuarão sendo repassadas e pediu  a colaboração da sociedade nos cuidados contra à Covid-19.

De acordo com o titular da pasta, o índice de transmissão da doença no estado está em 1,43% e que o atual decreto permanecerá em vigor até o dia 30 de junho.

Terceira parcela do auxílio emergencial será pago neste domingo

Trabalhadores informais nascidos em setembro recebem neste domingo (27) a terceira parcela da nova rodada do auxílio emergencial. O benefício terá parcelas de R$ 150 a R$ 375, dependendo da família.

O pagamento também será feito a inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nascidos no mesmo mês. O dinheiro será depositado nas contas poupança digitais e poderá ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem. Somente de duas a três semanas após o depósito, o dinheiro poderá ser sacado em espécie ou transferido para uma conta-corrente.
No último dia 15, a Caixa anunciou a antecipação do pagamento da terceira parcela. O calendário de depósitos, que começaria no último dia 20 e terminaria em 21 de julho, foi antecipado para o período de 18 a 30 de junho.
Ao todo 45,6 milhões de brasileiros serão beneficiados pela nova rodada do auxílio emergencial. O auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos (veja guia de perguntas e respostas no último parágrafo) para ter direito à nova rodada.
Para os beneficiários do Bolsa Família, o pagamento ocorre de forma distinta. Os inscritos podem sacar diretamente o dinheiro nos dez últimos dias úteis de cada mês, com base no dígito final do NIS.
O pagamento da terceira parcela aos inscritos no Bolsa Família começou no último dia 17 e segue até o dia 30. O auxílio emergencial somente será depositado quando o valor for superior ao benefício do programa social.
Em todos os casos, o auxílio será pago apenas a quem recebia o benefício em dezembro de 2020. Também é necessário cumprir outros requisitos para ter direito à nova rodada.

Saúde prevê economizar até R$ 150 bilhões com avanço da vacinação

O Ministério da Saúde pode economizar  até R$ 150 bilhões nos próximos cinco anos com o avanço da vacinação contra a covid-19.  A previsão é da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) no Sistema Único de Saúde (SUS), vinculada à pasta.

O valor considera o cenário mais positivo em relação à imunização da população com as vacinas da Astrazeneca/Fiocruz e da Pfizer/Biontech. A economia é estimada em relação a um cenário que considera os gastos do SUS com internações hospitalares e exames laboratoriais e de imagens em pacientes com a doença..

“A avaliação econômica demonstrou-se favorável à vacinação, com ambas as vacinas. A AstraZeneca/Fiocruz teve menor custo e maior eficácia em relação à não vacinação e a vacina da Pfizer/Biontech resultou em 100% das simulações com valor abaixo de um limiar conservador e foi considerada custo-efetiva”, diz o relatório.

Para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o relatório mostra a análise técnica que a pasta faz para o emprego de vacinas com registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Esses dados mostram que o nosso trabalho é feito com base em critérios técnicos e científicos na aquisição e incorporação de vacinas covid-19”, afirmou.

A recomendação da comissão foi favorável à incorporação das vacinas da Pfizer/Biontech e da Astrazeneca/Fiocruz para a prevenção da Covid-19, infecção respiratória aguda grave causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), no SUS.

Covid-19: Brasil tem 18,3 milhões de casos e 512,7 mil mortes

O número de pessoas que não resistiram à covid-19 no Brasil subiu para 512.735. Em 24 horas, foram registradas 1.593 mortes.

Já o total de pessoas infectadas pelo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 18.386.894. Em 24 horas, foram confirmados pelas autoridades sanitárias 64.134 novos casos.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite deste sábado (26). O balanço é produzido a partir de informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde.

Há, ao todo, 1.292.106 pessoas com casos ativos da doença em acompanhamento por profissionais de saúde e 16.582.053 pacientes já se recuperaram.

Estados

Na lista de estados com mais mortes estão São Paulo (125.916), Rio de Janeiro (55.153), Minas Gerais (45.718) e Rio Grande do Sul (31.077). As unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (1.731), Acre (1.736), Amapá (1.822), Tocantins (3.166) e Alagoas (5.260).

Vacinação

Até o momento, foram enviadas a estados e municípios 129,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 95,8 milhões de doses, sendo 70,3 milhões da 1ª dose e 25,4 milhões da 2ª dose.

Sebrae: pequenos negócios têm maior taxa de mortalidade

Sebrae: pequenos negócios têm maior taxa de mortalidade
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O setor de microempreendedores individuais (MEI) é o que apresenta a maior taxa de mortalidade de negócios em até cinco anos, segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

De acordo com a pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), realizada com base em dados da Receita Federal e com levantamento de campo, a taxa de mortalidade dessa área de negócios é de 29%. Já as microempresas têm taxa, após cinco anos, de 21,6% e as de pequeno porte, de 17%.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, disse à Agência Brasil que a menor taxa de sobrevivência entre os pequenos negócios está relacionada à capacidade de gestão, à maior experiência e ao conhecimento do ramo. “Quando avaliamos a realidade da maioria dos MEI, a pesquisa mostra que, nesse segmento, há maior proporção de pessoas que estavam desempregadas antes de abrir o próprio negócio e que, por isso, não tiveram condições de se capacitar adequadamente e aprimorar a gestão”.

Somado a esse fato, a taxa de mortalidade na área de MEI também é influenciada pela maior facilidade de abrir e fechar esse tipo de empreendimento, quando comparado aos segmentos de microempresas e empresas de pequeno porte.

São José do Egito se aproxima de metade da população vacinada com 1ª dose de vacina contra covid

Um novo vacinômetro divulgado pela Secretaria de Saúde do município de São José do Egito-PE, aparece com 43,59% da população vacina com a primeira dose, são 14.848 pessoas nessa condição.

Desse total 17,80% ou 6.063 pessoas já receberam também a segunda dose da vacina contra a covid-19.

Tanto os percentuais da 1ª, quanto da 2ª dose aplicadas na Terra da Poesia são bem maiores que a média nacional e estadual. No Brasil 30,43% da população já recebeu uma dose da vacina, e 11,52% a segunda. Em Pernambuco 29,23% foram imunizadas com a 1ª dose e 22,19% da população do estado recebeu também a 2ª dose.

Justiça Federal condena governo Bolsonaro a pagar R$ 5 milhões por falas contra mulheres

A 6ª Vara Cível Federal de São Paulo ordenou que a União Federal pague R$ 5 milhões de reais para reparar danos morais contra as mulheres causados por falas do presidente Jair Bolsonaro e membros do seu governo. A decisão foi tomada na última quarta-feira (23) e cabe recurso.
De acordo com a sentença, outros R$ 10 milhões devem ser destinados para campanhas publicitárias com o objetivo de conscientizar sobre situações de violência e desigualdade experimentadas pelas mulheres. Além disso, a quantia também será usada para divulgar direitos das vítimas femininas de violência e políticas públicas implementadas para alcançar a igualdade de gênero.
O processo trata-se de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF), que apontou mensagens, discursos e pronunciamentos de agentes públicos do governo com caráter discriminatório e preconceituoso em relação às mulheres. As falas prejudicariam a sociedade brasileira e causariam danos morais de dimensões coletivas.
Em sua defesa, a União Federal argumentou que as “declarações combatidas consistiram em manifestações pessoais das autoridades públicas, não representando ato executivo estatal” e também que “os fatos contidos na narrativa inicial teriam sido tirados de seu contexto originário, sem individuação e efetiva comprovação de ocorrência do dano coletivo”. Ainda foi mencionado a “adoção de medidas pela União no combate à violência, ao preconceito e à discriminação contra as mulheres nos últimos anos”.
Afirmações mencionadas no processo

Declarações do presidente Jair Bolsonaro
Declaração a jornalistas em abril de 2019: “O Brasil não pode ser o paraíso do turismo gay. Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade. Agora, não pode ficar conhecido como paraíso do mundo gay aqui dentro.”
Declaração a jornalistas em julho de 2019: “Daí eu convidei (…) pra voar aqui e na Europa. Se tiver um hectare de floresta (devastada), vocês têm razão. Essa é a grande realidade. O Brasil é uma virgem que todo tarado de fora quer. Desculpem aqui as mulheres aqui tá?”
Resposta para repórter em julho de 2019: “Pelo amor de Deus, né? Se eu te chamar de feia agora, acabou o mundo. Todas as mulheres vão estar contra mim.”
Pronunciamento público em fevereiro de 2020: “O depoimento do River (…) Hans River, foi no final de 2018 para o Ministério Público, ele diz o assédio da jornalista em cima dele. Ela queria um furo. Ela queria dar o furo! a qualquer preço contra mim (…).”
Durante transmissão de vídeo realizada em janeiro de 2020, Jair Bolsonaro disse que não iria citar nomes, mas que existe “uma deputada fofucha de São Paulo e outro deputado também meio japonesinho” que o estão criticando nas redes sociais. “Se estivessem fazendo coisas boas a primeira estaria mais magra e o segundo estaria menos pitoco de sem vergonha… Eu acho que mentir engorda, mentir engorda”, afirmou.
Declaração do ministro Paulo Guedes
Palestra realizada em setembro de 2019: “Eu estou vendo progresso em várias frentes, mas a preocupação é: xingaram a Bachelet, xingaram a mulher do Macron, chamaram a mulher de feia. ‘Ah, o Macron falou que estão botando fogo na floresta brasileira, o presidente devolveu. Falou que a mulher dele é feia’. Tudo bem, é divertido. Não tem problema nenhum, é tudo verdade, o presidente falou mesmo. E é verdade mesmo, a mulher é feia mesmo.”
Declarações da ministra Damares Alves
Audiência da Comissão de Defesa dos Direitos e da Mulher na Câmara dos Deputados em abril de 2019: “A mulher deve ser submissa. Dentro da doutrina cristã, sim. Dentro da doutrina cristã, lá dentro da igreja, nós entendemos que um casamento entre homem e mulher, o homem é o líder do casamento. Então essa é uma percepção lá dentro da minha igreja, dentro da minha fé. […] Que deputada linda. Só o fato de você estar no parlamento. Não precisava nem abrir a boca. Só o fato de você estar aqui, já diz pra jovens lá fora, elas também podem chegar aqui.”
Pronunciamento sobre índices de estupro na Ilha de Marajó (PA) em julho de 2019: ““Por que os pais exploram? É por causa da fome? Vamos levar empreendimentos para a ilha do Marajó, vamos atender as necessidades daquele povo. Uns especialistas chegaram a falar para nós aqui no gabinete que as meninas lá são exploradas porque não têm calcinha. Não usam calcinha, são muito pobres. E perguntaram ‘por que o ministério não faz uma campanha para levar calcinhas para lá?’. Nós conseguimos um monte. Mas por que levar calcinha? Essa calcinha vai acabar. Nós temos que levar uma fábrica de calcinhas para a ilha do Marajó, gerar emprego lá, e as calcinhas saírem baratinhas para as meninas.”
Decisão
A decisão da juíza Ana Lúcia Petri sustentou que “as declarações atribuídas a tais agentes, ocupantes de cargos de elevada hierarquia do Poder Executivo e do Poder Legislativo, não podem ser reduzidas ao patamar de meras opiniões pessoais ou expressão da individualidade dos emissores”.
Além disso, a liberdade de expressão possui alguns limites como “vedação ao anonimato, do direito de resposta, da proteção à imagem, à honra, à intimidade e à privacidade”.
Foi notado que as falas possuem características em comuns, dentre as quais “terem sido veiculadas durante o exercício das funções públicas, embora não constituíssem motivação ou fundamento para atos típicos dos cargos ocupados” e “serem veiculadas sem controle de seu conteúdo e até mesmo com deliberada ênfase nos excertos ofensivos, denunciando a clara intencionalidade dos emissores”.
“É notório que os emissores não se pronunciaram na condição de cidadãos, valendo-se, isso sim, da função pública ocupada, dos contextos em que se encontravam e, particularmente no caso dos pronunciamentos do Senhor Presidente da República, da ênfase em expressões inadequadas e polêmicas, em evidente expectativa de proveito político da repercussão deflagrada”, afirmou a juíza.
Ela ressaltou que as expressões são ainda mais graves no contexto social em que as mulheres brasileiras estão inseridas. “Constatado o inequívoco prejuízo à dignidade das mulheres coletivamente consideradas exsurge o dever reparatório, tanto por meio de obrigações de fazer, como por indenização pelo dano moral coletivo”, concluiu.