Associação estimula debate nas escolas sobre violência contra a mulher

O arrefecimento da pandemia, após o avanço da vacinação, tem devolvido os jovens ao ambiente escolar. Com a volta dos adolescentes às escolas, à convivência com colegas e professores, a Associação de Mulheres de Sobradinho II, iniciou em setembro, em 18 escolas do Distrito Federal, um debate sobre a violência contra a mulher. A associação aborda a agressão sofrida dentro de casa e, muitas vezes, invisível ao Estado e à comunidade ao redor.

Para muitos estudantes, o tema é muito pessoal. As atividades realizadas nas escolas têm provocado debates entre os oficineiros, alunos e professores. Robson Salazar, diretor de uma das escolas atendidas pelo projeto, notou que, após o período de isolamento social, alguns de seus alunos têm retornado com suas próprias experiências de violência doméstica. E, após as atividades, se sentem estimulados a compartilhá-las.

“A gente observa que o período da pandemia trouxe um comportamento extremamente agressivo, e nossos alunos estão voltando [às aulas] em um contexto de violência, de uma carga emocional muito forte. Quando fomos procurados pela associação, de imediato aceitamos a proposta porque entendemos a necessidade e a importância desse tema nesse atual momento”, disse o professor.

Nas atividades da associação nas escolas, os estudantes têm espaço para se manifestar, e os relatos começam a surgir. “Quando terminam as palestras, antes de iniciarem as oficinas, é aberta uma pequena discussão e a gente vê a fala dos nossos alunos. Em casa eles têm exemplos de violência doméstica e começam inclusive a nos procurar, a procurar o serviço de orientação”, disse Robson, que acompanha de perto o trabalho da associação em sua escola.

Ivonete dos Santos é assistente social e coordenadora-geral do projeto. Durante o trabalho nas escolas, ela abre espaço para os estudantes compartilharem suas impressões e experiências sobre o assunto. “Muitos casos são citados por eles. E como a maioria tem espaço livre para interagir com os oficineiros, eles acabam se sentindo à vontade para perguntar, refletir, indagar e até mesmo contar situações vividas por eles”.

Mas nem todos se sentem à vontade para contar suas histórias em público. Alguns estudantes procuram o corpo docente para desabafar. Segundo Robson, esses alunos trazem de casa traumas emocionais, em relatos tristes de se ouvir. “É uma realidade que começa a se apresentar, de que existe um problema muito sério e uma carga emocional muito grande nas famílias dos alunos”, disse Robson.

Uma estudante contou que sua mãe era agredida pelo pai dentro de casa. Em outro caso, uma menina relatou aos professores ter sofrido abusos sexuais por um parente, em um episódio que envolveu a polícia e a imprensa no DF. “São situações de toda ordem que temos presenciado depois desse retorno da pandemia”, disse o diretor.

De acordo com balanço da Secretaria de Segurança Pública do DF, quase 8 mil ocorrências de violência doméstica foram registradas no primeiro semestre de 2021, na capital federal.

O projeto Valorização das Mulheres e Combate ao Machismo nas Escolas está sendo conduzido pela Associação de Mulheres de Sobradinho II nas escolas da região norte do Distrito Federal, com acompanhamento da Secretaria de Educação, por meio da Coordenação Regional de Ensino. São realizadas palestras, peças teatrais, concursos de redação e apresentação de conteúdo audiovisual. O projeto prossegue até o dia 8 de março de 2022.

“Acreditamos que as ações pedagógicas têm como objetivo a reflexão nos papéis sociais, de modo que possamos fazer com que o número de práticas machistas e violações de direitos contra meninos e meninas diminua”, explica Ivonete.

Cultura do machismo

Além dos relatos pessoais, os jovens são estimulados a discutir a violência contra a mulher e a origem machista desses episódios. “O projeto utiliza a educação como instrumento de reflexão para a mudança da cultura machista da nossa sociedade, estimulando debate nas escolas para criar uma nova perspectiva de respeito e valorização das mulheres”, disse Ivonete.

Segundo a coordenadora do projeto, o primeiro contato dos jovens com comportamentos violentos contra mulher acontece, na maioria das vezes, dentro de casa. Por isso, essa parceria escola-família é muito importante. “A associação oferece assistência a famílias vítimas de violência doméstica com roda de conversa, conscientizando as famílias sobre essa violência e o machismo estrutural, da mesma forma que levamos o debate para dentro das escolas, com as oficinas”.

A associação

A Associação de Mulheres de Sobradinho II é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que há 20 anos desenvolve atividades de atenção às vítimas de violência doméstica. Nos últimos anos, expandiu seu atendimento para mulheres em situação de vulnerabilidade social, atendendo suas famílias e realizando ações de empoderamento dessas mulheres.

A associação também promove ações como distribuição de cestas básicas, cestas verdes, bazares, dança terapêutica, palestras, encontro semanal para idosas. Ela também conta com atendimento psicológico, nutricionistas e aconselhamento jurídico, entre outros serviços.

Irmãos são executados no centro de Carnaíba

Dois irmãos foram mortos com características de execução na manhã deste sábado(30) na cidade de Carnaíba-PE.

O ex-policial militar Hilton Silva, conhecido por Hiltinho e Hytalo Silva foram mortos a tiros na calçada de casa, ao lado da prefeitura do município.

Preliminarmente, fala-se em homens em uma moto, mas a informação não foi confirmada.

Também não se sabe se os dois eram alvos ou se a ideia era matar um e o segundo também foi executado por estar no local.

Os corpos foram levados para o IML de Caruaru e devem retornar a Carnaíba ainda essa noite onde serão velados e sepultados neste domingo.

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DE SJE ACOMPANHOU ATIVIDADES DO DIA DO LIVRO

Instituído em 2019 pela lei 691, o dia municipal do livro e da leitura passou a ser celebrado no dia 29 de outubro.

A data tem por objetivo, o incentivo à leitura como parte extremamente importante do processo aprendizagem.

Nessa sexta (29), o Secretário de Educação Henrique Marinho acompanhado da equipe de ensino do município percorreu várias escolas municipais para acompanhar de perto, todo trabalho desenvolvido pela rede.

Em 2019 o evento aconteceu em uma única estação e recebeu o nome de Parada Literária.

Em 2020 e 2021, por causa da pandemia, o evento aconteceu em 19 estações diferentes, espaços escolares.

“A leitura é o caminho mais eficaz para a aprendizagem e com ela a gente aprende, viaja, relaxa e descontrai”, disse Henrique Marinho.

São José do Egito encerrou mês de conscientização contra o câncer de mama e do colo do útero com caminhada

Aconteceu no fim da tarde desta quinta (28) uma caminhada pelas principais ruas do Centro de São José do Egito com o objetivo de chamar atenção para o combate ao câncer de mama e o do colo do útero. Dezenas de mulheres vestidas de rosa participaram do evento.

A Prefeitura de São José do Egito, promoveu o evento através da Secretaria de Saúde e suas coordenações, além da caminhada, várias outras atividades foram realizadas na rede de atenção básica, envolvendo todos os 13 PSFs do município, ao longo do mês de outubro.

Prefeitura de SJE promoveu formação sobre a promoção da educação especial na perspectiva inclusiva

A Gestão Municipal, através da Secretaria de Educação, com a Coordenação de Educação Especial realizou durante a tarde e a noite desta quinta (28), dois encontros de formação sobre a Promoção da Educação Especial na Perspectiva Inclusiva.

O tema dos encontros envolveu a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência de 2021: É hora de transformar conhecimento em ação. As formações aconteceram de forma simultânea no auditório da Secretaria de Educação para cuidadores de alunos com deficiência e na Escola Luís Paulino de Siqueira com as famílias destes mesmos alunos.

Os eventos contaram com a participação de diversos profissionais como as pedagogas da Equipe Infantil, psicodagoga, fonoaudióloga e psicólogas da Diretoria da Pessoa com Deficiência, assim como a colaboração da Terapeuta Ocupacional, Geórgia Crispim.

“A sensibilidade de um olhar diferenciado no trato à diversidade faz com que busquemos promover uma educação de qualidade, sem preconceito e inclusiva em prol da cidadania. Enquanto compreendermos que a Educação se faz em parceria (Estado, sociedade civil e família) acreditamos estar no caminho certo na promoção de acesso e permanência de nossos alunos à formação humana integral” – André Monteiro Moraes (coord. Educação Especial).

Ingazeira parte na frente no combate à pobreza menstrual

Ingazeira é a primeira cidade do Pajeú a implantar a Lei de enfrentamento à pobreza menstrual.

A Lei de autoria da vereadora Deorlanda Carvalho foi sancionada pelo prefeito Luciano Torres. Nesta quinta foram lançadas as ações no CAE, com a presença das secretarias envolvidas, da Primeira Dama do Município, Margarida Torres e dos alunos da rede municipal e estadual de ensino.

O prefeito Luciano Torres não esteve presente por estar em Brasília cumprindo agenda de compromissos à frente do CIMPAJEU.

Alunas da rede pública de ensino receberam kits com absorventes e ainda tiveram acesso á cartilha “Menstruação sem vergonha e sem tabu”. O enfrentamento ao problema é necessário. Uma em cada dez meninas no mundo deixam de ir à escola quando estão menstruadas.

No Brasil, estima-se que sejam uma em cada quatro. Falta de condição financeira para comprar absorventes e de estruturas sanitárias estão entre as causas do problema batizado de pobreza menstrual e reconhecido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Lindo de Ver: Chama Violeta leva artes integradas a moradores rurais do Sertão do Pajeú

O Sertão do Pajeú vai receber o IV Chama Violeta, festival de artes integradas que acontecerá nas comunidades rurais da região entre os dias 30 e 31 de outubro e 1º de novembro.

O evento integra as ações do projeto permanente No Meu Terreiro Tem Arte, iniciativa independente da artista e produtora Odília Nunes, realizado desde outubro de 2015.

Em sua quarta edição, o Chama Violeta promoverá oficina de balé clássico para crianças e uma extensa programação artística com espetáculos de teatro de animação, teatro e circo, música, poesia e cultura popular, que ocuparão os terreiros de três comunidades rurais: Picos, no município de Iguaracy, e Minadouro e Sítio Manoel Pereira, ambos no município de Ingazeira.

Este ano, participam as artistas da Ingazeira, Triunfo, Garanhuns, Arcoverde, Olinda, Minas Gerais, Venezuela e São Paulo. São elas: Bruna FLorie, Jessica Mendes, Jessica Caitano, Raquel Franco, Ariadne Antico, Alê, Laura Torres, Maria Fernanda, Karol Almeida, Stefany Metódio e Mariana Acioli. Por conta da pandemia do COVID 19, toda a programação é exclusiva para as comunidades e todas as medidas de segurança sanitária serão tomadas.

Para conseguir fazer o festival, a produção conta mais uma vez com o apoio de artistas e técnicos parceiros que trabalham voluntariamente e da sua família. Para arcar com a logística de passagens, alimentação e produção, Odília Nunes investiu o prêmio que recebeu este ano do Instituto Neoenergia, que premia iniciativas lideradas por mulheres, por conta do projeto No Meu Terreiro Tem Arte. Além disso, ela tem o apoio da Tronxo Filmes, Fazenda Quilariá da Barra, do Pajeú, que fornece os alimentos orgânicos para a equipe e apoio de som e luz do Sesc Triunfo.

“O Chama Violeta é um festival cultural feito nos moldes de outros festivais realizados nos grandes centros urbanos, mas com uma programação que se propõe a dialogar com o público do campo, obras que conversem e valorizem a realidade das pessoas que aqui vivem”, afirma Odília.

“Sua realização serve de inspiração para projetos semelhantes que pensem descentralização, diversidade, intercâmbio e sustentabilidade. Acredito no poder social e educativo da arte. Com ela nos comunicamos, interpretamos o mundo, nos unimos, nos conhecemos e podemos ser mais solidários, criativos e equilibrados. A arte não é um fim, mas um caminho cheio de possibilidades e processos que geram liberdade além de nutrir o respeito ao próximo”, pontua a produtora cultural.

Odília Nunes é palhaça, brincante popular, atriz de teatro e cinema, diretora teatral, dramaturga, cordelista e produtora cultural do sertão do Pajeú Pernambucano. Desde 2015 produz o projeto No Meu Terreiro Tem Arte, no qual compartilha espetáculos e oficinas artísticas na comunidade rural onde vive.

O projeto realiza o festival Chama Violeta e o Palhaçada é Coisa Séria, festival de palhaçaria. Integra também o grupo gestor da Rede Interiorana de Produtores, Técnicos e Artistas de Pernambuco (Ripa). Em 2021, Odília venceu o Prêmio Inspirar do instituto Neoenergia e o Prêmio Ayrton de Almeida, oferecido pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Para mais informações, siga o Instagram No Meu terreiro Tem Arte.