Poeta Rogaciano Leite será homenageado na Bienal Internacional do Livro em São Paulo

Poeta Rogaciano Leite será homenageado na Bienal Internacional do Livro em São Paulo

O Poeta Rogaciano Leite Publicou vários livros, mas o mais conhecido é o Carne e Alma de 1950, que neste centenário faz 70 anos. Sua 5ª edição – especial de centenário – pela IMEPH com ilustração de Maurício Negro já é sucesso nacional e será lançado na abertura da Bienal Internacional do Livro em São Paulo no dia 2 de julho, dia seguinte ao nascimento do poeta, às 10h, quando a sua filha Helena Roraima e Maurício Negro falarão sobre a vida e obra desse magnífico poeta.

Na Bienal, o estande da IMEPH deste ano, de 300 metros quadrados, está destinado a homenagear esse magnífico Poeta brasileiro, que elevou a poesia e a cultura brasileira de forma ímpar e significativa.

Rogaciano Leite: Poeta e jornalista revolucionou a cultura popular brasileira.
Nascido em 1º de julho de 1920 (centenário), no sertão pernambucano, saiu mundo afora a fim de transformar contextos pela presença e palavra. Levou a poesia para o público intelectualizado, para as Rádios, Jornais, Teatros e Televisão. Capaz de improvisar 18 sonetos com um só mote e lotar os principais teatros do País, ganhou uma placa de bronze no Teatro Amazonas.

A sua importância para a cultura brasileira é tamanha que os estudiosos da cantoria chamam “Era Rogaciano Leite”. Os dois primeiros Congressos de Cantadores e Violeiros do Nordeste foram idealizados, organizados e dirigidos por ele, quando ainda tinha 26 anos de idade (em maio/1947 o 1º, em Fortaleza – Teatro José de Alencar e em outubro/1948 o 2º, em Recife -Teatro Santa Isabel). Não satisfeito, com sua coragem e determinação levou os melhores cantadores do Nordeste para o Rio de Janeiro (então capital federal) e São Paulo, em maio de 1949. Um sucesso nacional! Inclusive, se hoje o Cego Aderaldo é conhecido se deve a ação de Rogaciano. Foi ele que apresentou o Cego Aderaldo para o público aristocrático, no seu Festival em 1946 no Teatro José de Alencar, pois o Ceará o desconhecia.

Depois de Rogaciano e dos seus Congressos a poesia popular deu um salto quântico. A teatralização da poesia valorizou a cultura poética e o cantador, profissionalizando-o. Rogaciano Leite fez história e deixou um importantíssimo legado para a cultura popular e erudita, repercutindo internacionalmente (A Universidade de Poitier começou a estudar a cultura do repente e o Cordel e tem um centro em Paris).

Tacianna Lopes

Tacianna Lopes é Jornalista.

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