Putin quer que povo ucraniano seja “independente”, diz chanceler russo

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, reafirmou que o presidente Vladimir Putin age no sentido de “acabar com o militarismo e neonazismo” na Ucrânia, dando à população oportunidade de decidir de acordo com sua vontade.

Putin quer, segundo o chanceler, que o povo ucraniano seja “independente”, mas não vê em cima da mesa a hipótese de um governo democrático.

Para Lavrov, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, mentiu quando disse que estava pronto para discutir o estatuto neutro da Ucrânia.

Comissão Europeia

Os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestaram-se solidários ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pelo “momento difícil” após invasão russa e escalada da ofensiva militar esta manhã.

“Esta manhã, falei com o corajoso presidente Volodymyr Zelensky, enquanto ele continua a liderar seu país diante da invasão russa. Neste momento difícil, assegurei-lhe solidariedade e apoio”, escreveu Ursula von der Leyen, no Twitter.

Também pelas redes sociais, Charles Michel reagiu ao combate, que se intensifica perto da capital Kiev. Ele disse ter falado com Zelensky, quando Kiev “está sob ataque contínuo das forças russas”.

“Apelo ao Kremlin [Presidência russa] para acabar imediatamente com a violência”, afirmou o presidente do Conselho Europeu, destacando a “necessidade de mobilizar imediatamente a comunidade global para proteger o direito internacional”.

As forças russas aproximaram-se hoje de Kiev e foram ouvidos tiros no centro da capital ucraniana, noticiou a agência norte-americana Associated Press.

O Exército ucraniano admitiu que as tropas russas se estão se aproximando de Kiev, pelo Nordeste e Lste, segundo a agência France-Presse.

“Tendo sido empurrado para trás pelos defensores de Cherniguiv, o inimigo procura contornar a cidade para atacar a capital”, disse o comando das tropas ucranianas no Facebook.

Um conselheiro do presidente da Ucrânia disse que Volodymyr Zelensky vai continuar na capital para “demonstrar a resiliência do povo ucraniano”, de acordo com a agência russa TASS.

A Rússia lançou, nessa quinta-feira (24) de madrugada, ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeio de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis e centenas de feridos em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU notificou mais de 100 mil deslocados no primeiro dia de combates.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa “desmilitarizar e desnazificar” o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender. Acrescentou que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus “resultados” e “relevância”.

O ataque foi condenado pela comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, além da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), União Europeia (UE) e do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Já foram aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Estudantes têm até esta sexta-feira para se inscrever no Prouni

Termina nesta sexta-feira (25) às 23h59 (horário de Brasília) o prazo para  inscrições no Programa Universidade para todos (Prouni) do primeiro semestre de 2022. O Prouni oferece bolsas de estudo integrais ou parciais (50%) em faculdades particulares a estudantes de baixa renda.

Requisitos

Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal até 1,5 salário mínimo por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser até três salários mínimos por pessoa. É necessário também que o interessado tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou da rede privada com bolsa integral ou parcial.

Este ano, a novidade é que um decreto, assinado na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro, estabelece que a pré-seleção dos estudantes inscritos no Prouni considere as duas últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingresso em cursos de graduação ou sequencial de formação específica. No Enem, o candidato deve ter alcançado, no mínimo, 450 pontos de média das notas e não pode ter tirado 0 na redação.

Até então, a regra em vigor era de que apenas a nota da última edição do Enem, aquela imediatamente anterior ao processo seletivo do Prouni, poderia ser utilizada pelos candidatos para entrar no programa.

Consulta

As vagas disponíveis podem ser consultadas. A busca pode ser feita por curso, instituição de ensino ou município no site do programa.

ProUni 2/2022

A edição do Prouni do segundo semestre deste ano pode ampliar o acesso de estudantes de escolas privadas não bolsistas ao programa. A possibilidade está prevista na Medida Provisória (MP) 1.075/2021, editada pelo presidente Jair Bolsonaro em dezembro. Para sair do papel, no entanto, a regra precisa ser convertida em lei pelo Congresso até o dia 17 de março, quando perderá o efeito. O texto tramita na Câmara em regime de urgência e, se aprovado, segue para o Senado.

Cronograma

Primeira chamada: 2 de março

Comprovação de informações: 3 a 14 de março

Segunda chamada: 21 de março

Comprovação de informações: 21 a 29 de março

Lista de espera: 4 e 5 de abril

Resultado: 7 de abril

Comprovação de informações: 8 a 13 de abril

Forças russas se aproximam da capital ucraniana

Enviados especiais da agência portuguesa RTP à Ucrânia relatam que forças russas estão se aproximando da capital Kiev.

Há forças de reconhecimento de Moscou que estão a cerca de 10 quilômetros da capital, mas não conseguiram os avanços imediatos que esperavam na área.

Tropas da Ucrânia conseguiram barrar alguma força dos ataques aéreos russos. A indicação, no entanto, é de que dificilmente as autoridades ucranianas poderão conter o ataque.

Chernobyl

As autoridades ucranianas informaram que tropas russas controlam a Central Nuclear de Chernobyl, no Norte da Ucrânia, e que mantêm os funcionários reféns. A Agência Nuclear do país revelou, por sua vez, que detecta níveis crescentes de radiação no local.

Nesta sexta-feira, Moscou anunciou que vai enviar paraquedistas para ajudar a proteger a antiga central nuclear e garantiu que os níveis de radiação “são normais”.

De Tóquio a Nova York, milhares protestam contra invasão da Ucrânia

Manifestantes saíram em praças públicas e locais próximos das embaixadas russas em cidades como Tóquio, Tel Aviv e Nova York, nessa quinta-feira, para criticar a invasão da Ucrânia. Mais de mil tentaram fazer o mesmo na Rússia e foram presos.

O primeiro protesto conhecido ocorreu do lado de fora da Embaixada da Rússia em Washington por volta das 3h (horário de Brasília), apenas três horas depois que o presidente Vladimir Putin disse que havia lançado a operação militar.

A mídia local mostrou dezenas de manifestantes na capital norte-americana, acenando bandeiras ucranianas e gritando “encerre a agressão russa!”

Em Londres, centenas de manifestantes, muitos deles ucranianos e alguns chorando, se reuniram do lado de fora da residência e escritório do primeiro-ministro Boris Johnson, em Downing Street, pedindo que o Reino Unido faça mais.

“Precisamos de ajuda, precisamos de alguém para nos apoiar”, disseram. “A Ucrânia é muito pequena e a pressão é muito grande.”

Em Paris, um manifestante afirmou à Reuters: “Sinto que estamos em um momento muito perigoso para o mundo inteiro”.

Em Madri, o ator espanhol vencedor do Oscar Javier Bardem, indicado a outro Oscar este ano, juntou-se a cerca de 100 manifestantes do lado de fora da embaixada russa.

“É uma invasão. Viola o direito fundamental da Ucrânia à soberania territorial, à lei internacional e muitas outras coisas”, disse Bardem.

Uma bandeira gigante foi carregada pela Times Square, de Manhattan, por uma multidão de centenas de manifestantes.

Outras ações foram realizadas em Berlim, Tel Aviv, Dublin e Praga.

Na própria Rússia, os manifestantes desafiaram aviso oficial que ameaçava explicitamente processos criminais e até prisão para aqueles que convocassem ou participassem de protestos.

Centenas de pessoas se reuniram em cidades como Moscou, São Petersburgo e Ecaterimburgo, gritando slogans como “Não à guerra!” e segurando placas improvisadas. Às 16h39 (horário de Brasília), a polícia havia detido nada menos que 1.667 pessoas em 53 cidades, disse o monitor de direitos OVD-Info.

Sertão do Pajeú notifica apenas 91 novos casos de Covid

Por André Luis

De acordo com os boletins epidemiológicos divulgados pelas secretarias de saúde dos municípios do Sertão do Pajeú, nesta quinta-feira (24), foram notificados 91 novos casos de Covid-19, 192 recuperados e nenhum novo óbito na região nas últimas 24h.

Treze das dezessete cidades do Pajeú confirmaram novos casos. Foram 19 em Afogados da Ingazeira, 2 em Brejinho, 1 em Calumbi, 2 em Carnaíba, 5 em Flores, 5 em Iguaracy, 10 em Itapetim, 3 em Ingazeira, 3 em Santa Cruz da Baixa Verde, 3 em São José do Egito, 29 em Serra Talhada, 2 em Solidão, 7 em Tabira e 3 em Triunfo.

Ingazeira e Santa Terezinha não registraram novos casos da doença. Quixaba e Tuparetama não divulgaram boletim epidemiológico.

Agora o Sertão do Pajeú conta com 50.503 casos confirmados, 49.068 recuperados (97,15%), 702 óbitos e 733 casos ativos da doença.

Ucranianos em fuga começam a chegar à Europa Central

Milhares de ucranianos fugindo da guerra com a Rússia começaram a chegar a países vizinhos da Europa Central, nesta quinta-feira (24), e a região se prepara para muitos mais, estabelecendo pontos de recepção e enviando tropas às fronteiras para prestar assistência.

Os países do flanco leste da União Europeia já fizeram parte do Pacto de Varsóvia liderado por Moscou, mas agora são membros da Otan. Entre eles, Polônia, Hungria, Eslováquia e Romênia compartilham fronteiras terrestres com a Ucrânia.

A Rússia realizou uma invasão da Ucrânia por terra, ar e mar, no maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Isso alimentou temores de uma enxurrada de refugiados fugindo da Ucrânia, uma nação de 44 milhões de pessoas.

Na geralmente tranquila passagem de fronteira em Medyka, no sul da Polônia, dezenas chegaram da Ucrânia a pé na manhã de quinta-feira, carregando bagagem. Uma fila de carros à espera de passagem aumentou ao longo do dia.

Uma polonesa, Olena Bogucka, de 39 anos, disse que estava esperando há quatro horas enquanto seu marido e filho ucranianos estavam presos do outro lado.

“Você não pode passar”, disse. “Não consigo falar com eles pelo telefone… não sei como tirar meu filho de lá… não sei o que fazer.”

Para facilitar as travessias de fronteira, a Polônia suspendeu as regras de quarentena na quinta-feira para pessoas que chegam de fora da UE sem um teste de Covid-19 negativo certificado em laboratório.

A Polônia abriga a maior comunidade ucraniana da região, com cerca de 1 milhão, e é o país da UE mais fácil de chegar a partir de Kiev.

Eleições 2022: Que rumo tomará Marília Arraes

Por André Luis

Nos últimos dias a imprensa pernambucana tem brincado de adivinhar o destino da deputada federal Marília Arraes no pleito eleitoral deste ano.

Seu partido, o PT, mais uma vez optou pela aliança com o PSB – mesmo tendo totais condições de voltar a governar Pernambuco. Assim, Marília, mais uma vez será rifada no processo eleitoral – Assim como aconteceu em 2018.

Marília não se bate com a cúpula do PSB no Estado. Crítica da gestão Paulo Câmara, se negou, por exemplo, a fazer campanha para a reeleição do socialista. Se elegeu como a segunda deputada mais votada de Pernambuco, ficou atrás do primo, João Campos – outro desafeto -, hoje prefeito do Recife, que teve a ajuda da máquina eleitoral chamada PSB.

Já ventilaram que Marília estaria estudando deixar o PT para se alinhar com Raquel Lyra na composição da chapa majoritária e disputando o Senado. O que é meio difícil, visto que os alinhamentos políticos das duas não se casam.

Outra notícia deu conta de que Marília estaria de malas prontas para o PDT onde encabeçaria a chapa majoritária disputando o Governo do Estado e de quebra dando palanque para Ciro Gomes em Pernambuco – Lulista como é, acho meio improvável.

A última, veiculada na tarde desta quinta-feira (24), diz que ela estaria deixando o PT e se filiando ao PSOL. Neste, o projeto também seria para disputar a vaga ao Senado – Nesta hipótese dá para acreditar, visto que continuaria aliada a Lula.

A verdade é que da boca da parlamentar nada se ouviu até agora. Nem em suas redes sociais se vê qualquer direcionamento para as hipóteses levantadas.

Aliás, chama a atenção o silêncio ensurdecedor de Marília com relação às conversações referentes ao pleito deste ano.

Desde que iniciaram as conversas entre PT e PSB, não se viu nenhum posicionamento da petista. Nem mesmo para comemorar o resultado da pesquisa Vox Populi encomendada pelo PT Nacional, onde Marília aparece como a preferida dos pernambucanos para o Senado.

Esta semana outra pesquisa mostrou que sendo ela a candidata para o Governo do Estado, o PT sairia na frente. Ela teria 20,9% das intenções de voto.

Críticos dizem que enquanto estiver no PT, Marília não conquistará o seu lugar ao sol. Estará sempre à sombra dos “donos” do partido no Estado, como o senador Humberto Costa, que parece nutrir uma antipatia enorme pela deputada.

Como perguntar não ofende. Que rumo tomará Marília Arraes em 2022?